Letras doentes. As palavras sofrem a agonia da morte
e aos poucos, sem significado, se apagam no branco
da poesia que não houve, da carta que não saiu
As mãos se cruzam sobre o peito e o silêncio pesa,
incomoda como um arrependimento... arrependimento...
Mas agora já é tarde, os olhos se fecham imóveis
a respiração vai sumindo lentamente... A língua morta,
a música morta, os pensamentos mortos, os tecidos mortos,
as mãos mortas vestem luvas de lã. São frias.
As unhas continuaram a crescer, dizem, por um tempo
mas o que não foi dito, nunca mais será. Nunca.
Os cabelos também crescem no silêncio.
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