Súplica

by 21:44 0 comentários


Alimentando os vermes com minha carne fria

Na escuridão úmida dos becos e quartos baratos

Que vida é essa que à morte se assemelha?

A eternidade vigia

Minha solidão e migalhas no prato

Onde nenhum sonho se espelha

Abrigo tedioso das falências múltiplas

Manhãs que se repetem vazias, ocas

O amargo do beijo abortado

Morto na própria boca

Uma taça de veneno Deus! Eis-me em súplica

Se fosse ele o garçon deste bar imundo

Se compaixão tivesse por meu sofrimento

Me mandaria para o inferno mais profundo

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