
Alimentando os vermes com minha carne fria
Na escuridão úmida dos becos e quartos baratos
Que vida é essa que à morte se assemelha?
A eternidade vigia
Minha solidão e migalhas no prato
Onde nenhum sonho se espelha
Abrigo tedioso das falências múltiplas
Manhãs que se repetem vazias, ocas
O amargo do beijo abortado
Morto na própria boca
Uma taça de veneno Deus! Eis-me em súplica
Se fosse ele o garçon deste bar imundo
Se compaixão tivesse por meu sofrimento
Me mandaria para o inferno mais profundo
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